Como Funciona O Mercado De Recrutamento De Quadros De Gestão?
Dependendo do ponto de partida (estar-se efectivamente empregado vs. em transição profissional), o mercado de oportunidades potenciais divide-se, logicamente, entre aquelas teoricamente disponíveis, no imediato ou a prazo, no seio do actual empregador e o grande mercado das potenciais oportunidades noutras organizações, para as quais exista, em simultâneo, atractividade, para o candidato, e relevância (leia-se, “fit” objectivo e subjectivo) competitiva (isto é, face a outros potenciais candidatos), para o empregador.
O universo das oportunidades divide-se, sob um outro prisma, entre o hemisfério das oportunidades públicas e publicadas e o hemisfério das oportunidades que não são objecto de divulgação. Estas últimas, podem, no sector privado (que é o que mais nos importa), surgir através de nomeação / convite, por referenciação ou mediante o recurso a empresas seleccionadas de “headhunting”, “executive search”, “recruitment & selection” e afins.
Em regra, quanto mais séniores as oportunidades, menos públicas. Em Portugal, contudo, existe um elevado número de oportunidades intermédias que são igualmente geradas e geridas através de processos mais ou menos informais.
Assim sendo, é fundamental conhecer e ter acesso aos agentes de mercado, em cada geografia considerada relevante, nomeadamente:
– Empresários, CEOs / Managing Directors / Directores-Gerais (e fundadores de Startups, nos tempos mais recentes)
– Executivos Séniores (vulgo C-Level e equiparados)
– Directores e Gestores de Recursos Humanos
– Recrutadores In-House
– Empresas de Headhunting / Executive Search
– Empresas de Recrutamento & Selecção
– Profissionais Independentes, actuando na área de recrutamento
– Consultoras Estratégicas, de Gestão e de Recursos Humanos
– Outros Influenciadores (Advisors, formais e informais; Académicos; ex-Políticos; “Networkers profissionais”)
– etc.
De uma sistémica, estruturada, atempada e inteligente abordagem aos mercados público e privado, aos mercados formal e informal, a decisores, intermediários e influenciadores, dependerá, em larga medida, o grau de eficácia na procura de novos desafios profissionais – especialmente, se falarmos de um “next level job”, leia-se de uma progressão de carreira.
Dito de outro modo: uma subtil combinação de ciência e de arte, de diplomacia e de influência, de disciplinado método e de sentido de oportunidade.