Nuno de Almeida e Silva

Conversas & Carreiras

César Santos

Administrador e CEO do Grupo Talenter

Pode partilhar o seu trajecto profissional, até à data?

Em 1993, após acabar o curso em Gestão de Empresas, comecei a trabalhar na Totta Leasing, tendo 6 meses depois mudado para o Citibank. Na sequência de um acidente de viação do meu pai, em 1996, deixei o Citibank para agarrar num negócio de família na área da construção civil. Em 11 de Agosto de 1999 fundei a primeira empresa de recursos humanos, que veio dar origem ao Grupo Talenter™. Hoje a Talenter™ é composta por 2 empresas de Trabalho Temporário, 2 empresas de Outsourcing, 1 empresa de Formação, 1 Rent-a-Car, 1 empresa de Promoção Imobiliária e 1 empresa de Telecomunicações.

 

De forma resumida, quais as razões, os contextos, que aconselham uma empresa a recorrer a serviços de recrutamento profissional?

O recurso a uma empresa de Recrutamento e Selecção justifica-se em diversas situações, nomeadamente:

. Quando uma empresa necessita de um grande volume de Candidatos/Colaboradores;

. Sempre que tem necessidades pontuais de pessoas;

. Quando necessita de recrutar num curto espaço de tempo;

. Em funções específicas com elevado grau de escassez de oferta;

. Caso pretenda ter uma estrutura de recursos humanos ágil e custos fixos baixos.

. Sempre que não tendo essas competências e recursos internos, precisa que os processos sejam tratados por uma empresa com experiência e know-how.

 

O mercado de recrutamento especializado passou por momentos menos felizes, nos anos mais recentes, fruto da menor actividade económica e do chamado ajustamento. Em seu entender, este processo contribuiu também para uma transformação do sector – se sim, em que sentido, o que mudou?

Não creio que tenha havido uma transformação do sector. Houve sim, uma redução de empresas neste sector, nomeadamente as mais pequenas e a redução no número de agências físicas com uma maior aposta no digital. Actualmente é um sector cada vez mais dominado por empresas multinacionais.

 

Qual foi o pior dia profissional que teve até hoje – recorda-se? O que aprendeu?

Ocorreu em Agosto de 2012, quando na sequência do processo de ajustamento imposto pela troika percebi que tinha que fazer uma reestruturação financeira profunda no grupo.

Percebi que não devemos facilitar e ter uma estrutura de Custos Fixos pesada, Devemos ter os custos estritamente necessários para o exercício da nossa actividade. Por outro lado, que temos que aproveitar todas as oportunidades de diversificação de negócios, pois a qualquer momento pode deixar de existir uma necessidade ou até mesmo um sector de actividade começar a ter problemas, como aconteceu com a Construção Civil e Obras Públicas.

 

Que conselho daria a um jovem profissional de Recursos Humanos, com ambição de construir uma carreira e de fazer a diferença? 

A importância que o perfil das pessoas tem na criação de uma cultura organizacional e o quanto esta é decisiva no sucesso das empresas! A título pessoal é fundamental aproveitar todas oportunidades de apreender conhecimento, manter o foco e ser-se resiliente perante as adversidades.

Por último, não ter medo de ariscar, “a sorte acompanha os audazes!”