Nuno de Almeida e Silva

Conversas & Carreiras

Francisco Formosinho Sanchez

Head of Executive Search Business Unit da Neves de Almeida

Pode falar-nos sobre o seu percurso profissional?

O meu percurso profissional tem duas fases distintas. Uma primeira fase ligada à área financeira, onde estive cerca de quatro anos como Auditor Financeiro na Deloitte. A segunda, já ligada aos recursos humanos. Comecei esse caminho no recrutamento, primeiro a recrutar exclusivamente perfis financeiros e, depois, segui o caminho natural de evolução, tendo passado por empresas de Executive Search e Recrutamento e Selecção especializado. Ao todo, tenho cerca de 13 longos anos de carreira nesta área dos recursos humanos.

Como definiria a sua missão, enquanto recrutador(a) profissional?

A minha missão é, também ela, dividida em dois pontos. O primeiro é poder contribuir para o sucesso das empresas. O segundo, mais virado para as pessoas, é dar aos candidatos a melhor experiência possível ao longo de um processo de recrutamento. Isto tudo dentro de um guarda-chuva que é valorizar sempre a a carreira do candidatos, procurando a sua melhoria.

Actualmente, na sua opinião, quais são os principais desafios da indústria de recrutamento especializado?

Os principais desafios da indústria de recrutamento especializado são: (1) encontrar o match perfeito entre as necessidades das organizações e as competências dos candidatos; (2) utilizar a tecnologia disponível para tornar o processo de recrutamento mais ágil mas também mais interessante do ponto de vista de experiência de candidato. Depois, podemos também colocar a capacidade de atrair os melhores candidatos para os projectos. Esse também é um dos grandes desafios.

Qual foi o processo de recrutamento mais difícil que levou a cabo, com sucesso, até hoje? Pode partilhar um bocadinho da história e de como deu ultrapassou as dificuldades?  

É difícil… mas os processos mais difíceis têm sempre algo em comum: são aqueles em que as expectativas de parte a parte saem defraudadas.

Que conselho daria a um jovem profissional de recrutamento especializado, com ambição de construir uma carreira e de fazer a diferença?

Vou seguir a mesma lógica e pensar sempre na relação bilateral do recrutamento. Portanto, acho que um jovem profissional de recrutamento especializado deve ter a consciência da grande responsabilidade que é esta profissão, e da sua influência no desenvolvimento das organizações, que deve, naturalmente, ser sempre positivo. Por outro lado, quem começa tem que também pensar sempre nos candidatos e saber que um processo de recrutamento tem um enorme impacto na carreira profissional de alguém.